sábado, setembro 13, 2003

A crônica de um amor partido

*Marcos Loveme Tendler

Deve ser realmente uma coisa completamente inacessível esse tal de amor. Pelo menos o que eu acredito que seja isso. É claro que eu entendo que, quando se gosta de alguém, naturalmente se quer esse amor só pra si. Mas e daí? O que o meu amor tem com esse sentimento de posse? Por que não usar a força do amor pra nos transformar em vez de, por amor, querer mudar quem se ama?!

O mais poderoso dos sentimentos - ou será dos sentidos? -, essa energia incontrolável que nos leva a cometer loucuras, às vezes over, às vezes nem tão loucas assim, é realmente a cola que nos faz andar juntos. Não necessariamente pra frente, mas juntos.

Será que é tão difícil de entender? Ou sou eu que ainda não aprendi a amar? Eis a questão. E o que os meus desejos têm com o meu amor?! É tão estranho assim, amar e não desejar da mesma forma, ou é a fôrma do meu amor que está fora de forma? Afinal que porra de fôrma é essa, que quem se ama tanto deseja, enquanto o amante não sabe a receita? Pelo visto esse bolo tá mais solado que tijolo velho, ou então eu ando amando errado.

Não adianta achar que o meu amor é capaz de mudar alguém que não seja eu. Ainda que eu não saiba esperar dessa forma. Quem ler isso aqui vai me achar o mais loveless... que pena. Não sabe o valor de passar por tudo isso e ainda querer voltar pro bis! Até que a caixa acabe e tudo não passe de um monte de papeizinhos azuis amassados & enrolados em celofane rumo ao lixo.

Até que eu dê um sentido a essa crônica nada vai ter mudado; não há sentido em continuar tentando errado, achar alguém pra ficar do meu lado. Melhor é escrever, salvar e deixar isso tudo ocupando espaço na memória do que achar que naquele 286 guardado no fundo da garagem vai rodar o Windows XP.



*elucubrado por meu amigo Tendler, rapaz carente em busca de aventuras sórdidas mais acessíveis do que esse tal de amor

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