segunda-feira, agosto 18, 2003

O Pan, por quem estava lá

Eu ia escrever algo sobre o Pan de Santo Domingo. Já tinha mais ou menos umas idéias do que estava com vontade de dizer. Ia lembrar do Pan de Mar del Plata, de que tive a oportunidade de participar. Foi incrível. Qualquer dia eu conto. Ia falar do time (de vôlei, claro) da República Dominicana, da gordinha Jackson, agora heroína de seu país, e da alegria de ver um time simples e ruinzinho batendo as cubanas cheias de si. Ia falar do Júnior, meu amigo prata no remo, que deu show e só não foi ouro por 37 centésimos - uma remada. E da Juliana Veloso, Rogério Romero, do Bernardinho dando seus pulinhos de raiva com olhos arregalados na semifinal do vôlei masculino. Dos comentaristas bons e perdidos, simpáticos e sabichões. Da falta de papel higiênico na vila olímpica. E de outros detalhes do pouco que vi nesse Pan maluco.

Mas aí eu li o jornal. E vi a matéria do Danone, enviado especial. Não é porque é meu amigo não, mas tá muuuuito boa. Eu acho que, para fazer textos como esse, tem que ter muito bom senso. E saber escrever bem, sem ser piegas. Assim, eu, que vivo achando defeito nos textos do Prosa & Verso, por exemplo, adorei essa matéria sobre a emoção, escrita por um cara que teve o privilégio de ver, na hora, ao vivo, sentimentos estampados no rosto dos atletas, que, vitoriosos ou não, são os únicos que sabem o quanto ralaram para estar lá, os únicos que entendem o verdadeiro sentido das palavras glória, recompensa e decepção no esporte. Vale a pena ler.

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