segunda-feira, maio 12, 2003

One fine day

Segunda-feira. Acordo às 11h com um homem ao lado. Deveria sair de casa às 11h. Pulo por cima do homem e corro para o banho. Desligo o gás antes de passar o creme no cabelo. Droga. Enxáguo com água gelada mesmo. Troco de roupa a jato. O homem dorme como um anjo aposentado. Olho no relógio de pulso: 9h55. O despertador estava louco. Não estou atrasada e não precisava ter tomado a ducha gelada.
Tudo bem. Leio o jornal, tomo café e saio - eu e ele. Deixo-o próximo ao Fluminense. Ele queria apenas parar ali, olhar o clube, e voltar andando para casa, onde minha irmã o buscaria para levá-lo ao aeroporto. Nos despedimos. Abraço. "Talvez eu consiga vir em setembro", ele me diz, com a voz embargada. Eu digo que está tudo bem e que ele deve ir ao médico - suspeita de trombose é coisa séria. Ele sai do carro e eu desabo. Choro até a entrada do túnel, ponho um roque esquisitão e tento controlar o pensamento.
Um ser humano perambula pela redação tendo nas mãos uma calcinha e um sutiã de soja. Almoço. De 11h30 às 17h - nada. Leio todos os sites. Descubro o jornal "The Onion", um Casseta & Planeta jornalístico online. Leio até o Extra. Visito o Danone. Volto, e nada. Vontade de tirar o livro da bolsa e ficar lendo, amarradona. Lembro que, a partir das 19h, tenho que contratar um clone e estar na Boate da Cidade e na Uerj ao mesmo tempo.
É horrível constatar que, se o relógio estivesse certo, não faria a menor diferença. E que podia ter levado meu coroa ao aeroporto e ter passeado com ele por Laranjeiras.
Bela segunda-feira.

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