quinta-feira, dezembro 19, 2002

Um dia inteiro passou e eu não li o jornal, não fiz exercício, não almocei nem jantei, não dormi direito, não escrevi os cartões de Natal que deveria, não trabalhei, não li nem uma orelha de livro, não mandei os e-mails que deveria, não resolvi minha vida. Não tomei banho (mas escovei os dentes e estou entrando no banho já, já). Passei meio dia com uma amiga e meio dia com outra. (Pessoas especiais dispensam atividades complementares ao "passar o dia com"). Agora tá rolando um congresso de malucos na pracinha em frente ao meu quarto, tem bumba-meu-boi, capoeira e os três reis magos em uma bicicleta tripla. Fora dois doidos vestidos de anjos com asas azuis e dançando em pernas-de-pau. Um deles toca "O bêbado equilibrista" no saxofone. Crianças se divertem e eu aqui, sem dormir, sem ler, sem ansiedade por incrível que pareça. Minhas amigas jogam vôlei na tevê e não estou nem aí; às 23h30 tem um especial do Pearl Jam na MTV e vou tentar estar aí. Nos últimos dias tive um monte de idéias, vontade de escrever sobre coisas de nada e de tudo, de tudo um pouco e muito sobre o nada. Mas não sentei pra escrever. Nem mesmo um protótipo de poesia ridícula e mela-cueca. Agora, quando finalmente aqui me sento, a única coisa que escrevo é um parágrafo sobre P.N.
Acho que amanhã o dia inteiro vai passar e eu não vou ler o jornal, não vou fazer exercício, não vou almoçar nem jantar...

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